terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

As vestes dos Oficiais de Justiça

Dentre as características da profissão de Oficial de Justiça, temos o fato de obedecermos os magistrados como Marujos (estrita legalidade), mas guiarmos os nossos destinos (discricionariedade) indo a lugares perigosos como verdadeiros Capitães de Navios. A coragem e o risco de morte são inerentes à nossa profissão. Uma vez, ouvi uma história antiga do tempo em que as Américas foram descobertas, quando os navios buscavam as Índias, quando estavam atrás do Novo Mundo. O capitão de um desses navios ia ser atacado com toda a tripulação por um navio pirata. Antes que os marujos entrassem em pânico, o capitão mandou que seu imediato trouxesse a camisa vermelha daquele capitão. O imediato foi buscar, o capitão se trocou, pegou a espada e foi feito um louco guerrear contra os piratas. Os marujos viram o capitão, se inspiraram nele e o seguiram. Poucos morreram. Aquela tripulação foi atacada outras tantas vezes, mas sempre o capitão mandava o imediato pegar sua camisa vermelha, se trocava e ia pra luta com sangue nos olhos. O imediato resolveu perguntar pro capitão o motivo de todas as vezes ele vestir a camisa vermelha. A resposta do capitão foi que se fosse ferido na guerra contra os piratas, a camisa vermelha não deixaria os marujos saberem se o capitão estava ferido e lutariam até o final com tudo o que tinham. Um dia depois, não um, mas dez navios piratas gigantescos apareceram para saquear aquele navio. A tripulação começou a se desesperar, mas o imediato foi logo perguntando ao capitão. "Capitão, aqui está sua camisa vermelha.". O capitão, olhou pros dez navios e deu sua ordem ao imediato "Imediato, dessa vez, traga minhas calças marrons!". Assim somos nós em nossos trabalhos. Para cada ocasião deve haver uma roupa que passe para os outros respeitabilidade e imponência (como os paletós nos mais diversos fóruns e tribunais) ou que, pelo menos, não permitam que demonstrem o quanto estamos com medo (nos lugares mais inóspitos desse enorme Brasil.). 

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