segunda-feira, 24 de abril de 2023

Violência, Arte e Direito: o 8 de janeiro de 2023.


Será que os movimentos sociais que reivindicam moradia e reforma agrária teriam a mesma sorte que os invasores do Congresso Nacional em 8 de janeiro de 2023?! Ou será que eles seriam brutalmente reprimidos e mortos se tentassem invadir o Palácio do Planalto?!

É evidente a diferença de tratamento que alguns grupos recebem da mídia e dos donos do poder econômico, enquanto outros são cruelmente marginalizados pela pobreza.

O 8 de janeiro de 2023 foi uma dura tentativa de golpe de Estado que não pode terminar impune. Essa é a realidade que nos desafia e que nos convoca a pensar nas desigualdades e injustiças que marcam a sociedade.

Durante a guerra civil espanhola, a cidade de Guernica foi massacrada. Pablo Picasso retratou o caos e o sofrimento gerados pela guerra às vítimas dos nazi-fascistas que apoiavam o golpe de Franco. Contemple a mencionada arte:


Quando eu estava no terceiro ano do ensino médio, um dos meus professores de História, o que se intitulava "a lenda viva de Boa Viagem", contou que certa vez um oficial alemão visitou o ateliê de Picasso e perguntou ao artista: "Foi você quem fez isso?". Picasso respondeu: "Não. Foram vocês!".

Diversas obras de arte foram depredadas no último 8 de janeiro. Membros da segurança pública foram atacados enquanto tentavam proteger o Senado. Bandidos defecaram na mesa de um dos gabinetes do STF.

Quero crer que, no futuro, o quadro que retrate o triste episódio de 08 de janeiro de 2023 não seja uma Guernica; mas, sim, um quadro de triunfo do Estado Democrático de Direito no qual os grupelhos de criminosos que tentam corroer as instituições de Estado brasileiras por dentro e por fora, através da desinformação, da manipulação e da violência em nome do ódio, do medo e da truculência na sociedade sejam todos devidamente punidos.

A ver...

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