sábado, 4 de maio de 2013

DIREITO PROCESSUAL PENAL. PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA RELATIVA DO JUIZ

REVISÃO DO DIA NÚMERO 113 (DIREITO PROCESSUAL PENAL. PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA RELATIVA DO JUIZ).
De acordo com o artigo 399, parágrafo 2° do Código de Processo Penal (CPP), o juiz que presidiu a instrução deve ser o que proferirá a Sentença. É isso o que significa o princípio da identidade física do magistrado. Contudo, a jurisprudência considera esse princípio como de aplicação relativa. Tal princípio passou a ter aplicação processual penal a partir da lei 11.719/08. Por falta de normas outras específicas regulamentando o princípio da identidade fisica do juiz, quando ocorre algum motivo plausível que impede o magistrado que tiver presidido a instrução de sentenciar um processo X, usa-se o artigo 3° do CPP ( "Art. 3o  A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito") pra aplicar analogicamente o artigo 132 do Código de Processo Civil, que determina que o sucessor daquele magistrado julgará a lide processual:

"CPC, Art. 132.  O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor

Parágrafo único.  Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário, poderá mandar repetir as provas já produzidas."

Nesses casos, se o irresignado réu quiser ser julgado, no âmbito processual penal, pelo mesmo juiz que instruiu o processo penal, ele DEVE  COMPROVAR QUE O MAGISTRADO DA FASE INSTRUTÓRIA NÃO ESTÁ IMPEDIDO DE SENTENCIAR.

Quem quiser se aprofundar mais nesse assunto pode ler o HC242.115-PE, no qual o relator foi o Ministro Jorge Mussi, do STJ).




Nenhum comentário:

Postar um comentário